Entre as reivindicações dos moradores do Santa Bárbara se destacam problemas de estrutura dos apartamentos, vazamentos e contas de água e luz com valores exorbitantes.
Ney Silva
Convidados por iniciativa do deputado estadual José Neto do PT, representantes do Governo do Estado, Prefeitura, Embasa e Coelba se reuniram na manhã desta sexta-feira (20), com moradores do residencial Santa Bárbara. Localizado no bairro Mangabeira, o condomínio está com problemas que vão desde a estrutura dos apartamentos até a falta de serviços sociais nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
Durante o encontro realizado embaixo de um quiosque na área do Santa Bárbara, representantes da Coelba, Cef (Caixa Econômica Federal), Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano das Bahia), e Secretaria Municipal de habitação, ouviram muitas reclamações dos moradores.
Entre as reivindicações dos moradores do Santa Bárbara se destacam problemas de estrutura dos apartamentos, vazamentos e contas de água e luz com valores exorbitantes.
O gerente regional da Embasa Onias Neto confirmou que existem alguns valores exorbitantes nas contas de água por causa de problemas nas instalações internas. Ele reconhece que os valores estão fora da realidade e que vão ser negociados caso a caso com os donos dos imóveis.
A coelba que mandou um representante para a reunião já instalou um posto móvel para verificar questões relacionadas as contas de luz com valores altos.
A superintendente de habitação da Sedur, Eleonora Lisboa Mascia que esteve na reunião, informou que o governo da Bahia tem acompanhado o programa Minha Casa, Minha Vida em todos os municípios. Segundo ela existe uma preocupação sobre os serviços que precisam ser oferecidos á população.
Ela disse que os moradores precisam ser cadastrados na chamada tarifa social para que as contas de água e energia possam ter seus preços reduzidos. " Essa situação das contas precisa ser resolvida com a maior urgência possível", afirmou.
O secretário municipal de habitação Ruy Rocha informou que a pedido do prefeito Tarcízio Pimenta esteve no residencial na última quarta-feira. " Estive aqui á noite e passei quase três horas de casa em casa ouvindo os moradores. Levei ao prefeito as reivindicações", disse.
Ele reconhece que existem alguns problemas de estrutura dentro do residencial e que são de responsabilidade da CEF. Mas há outras questões que Ruy Rocha considera pontuais como o serviço de transporte que segundo ele já foi ampliado.
O secretário informou que vai manter contatos com as secretarias municipais de Saúde e Educação para discutir a participação de seus representantes no mutirão do próximo dia 25 de janeiro.Nessa data está previsto um mutirão geral no condomínio Santa Bárbara.
Moradores esperançosos por soluções
A presença de representantes da Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia), Secretaria Municipal de habitação, Caixa Econômica, Coelba e Embasa, levaram mais esperanças para os moradores que vinham se sentindo abandonados pelo poder público.
A dona de casa Ana Claudia Rosário de Sousa participou da reunião atentamente. Ela acredita que algumas questões vão ser solucionadas." Queremos que tudo seja cumprido. Não adianta só falar", afirmou.
Ela explicou que um dos problemas que enfrenta é a invasão de água pelo fundo do apartamento. Isso ocorre em períodos de chuva ou quando se faz necessário lavar algumas roupas." Foi feita a rede
de esgoto. Mas não colocaram uma caixa com tampa para escoamento da água", disse Ana Cláudia.
A moradora Vanja Soares dos Santos mostra-se esperançosa que as questões discutidas entre os mutuários, representantes da CEF, Prefeitura e governo do estado sejam resolvidas. " De promessas já vivemos saturados", afirmou.
Ela informou que o residencial.Santa Bárbara tem muitos problemas estruturais como canos quebrados nos terrenos onde os apartamentos foram edificados o que provoca umidade nas paredes e no piso.Ela Disse também que quando chove as ruas ficam cheias de lama e tem crianças adoecendo. " Queremos tudo que temos direito", afirmou.
A líder comunitária Ronilda Machado Benevides, disse que a presença dos representantes da CEF, Prefeitura e Sedur, Coelba e Embasa foi importante. Mas ele afirmou que preferia que tudo constasse em um contrato ou documento. " Queria tudo isso em um contrato.Quero que as coisas andem e funcionem", afirmou.
O deputado José Neto ao fazer uma avaliação do encontro com os moradores do Santa Bárbara, destacou que em Feira de Santana o programa Minha Casa. Minha Vida já tem 8 mil contratos só na primeira etapa. Ela informou que para essa segunda etapa já existem mais 2 mil contratos." São Quase 50 mil pessoas atendidas na cidade", afirmou.
Na opinião do deputado, questões pontuais como as do residencial precisam ser enfrentadas. Ele lamentou o fato da FM Construtora que fez o empreendimento ter falido deixando alguns problemas No entanto, disse José Neto, algumas questões como a coleta do lixo, contas de água e luz com valores elevados, escolas para crianças entre outras podem ser resolvidas.
O deputado mostrou-se surpreso com a ausência dos Correios no Santa Bárbara. Não há entrega de correspondências. Ele informou que vai entrar em contato com a Superintendência da ECT
( Empresa de Correios e Telégrafos), para buscar uma solução.
Uma novidade informada por José Neto é que em 40 dias será feito o projeto para Avenida Iguatemi. " Esperamos o projeto. Mas ele não apareceu. Vamos fazê-lo através do estado e chamaremos o município para participar",afirmou.
O superintendente regional da Caixa Econômica Federal José Raimundo Cordeiro Junior, disse que a maioria das reclamações apresentadas pelos moradores na reunião já é de conhecimento da CEF. Mas ele ressaltou que existem algumas ocorrências pontuais nos imóveis relacionadas ao vazamento de água ocorrido após a entrega das casas. Mas ele garante que já existe uma estratégia da Caixa e que os problemas serão solucionados.
Ele disse ainda que a CEF além de atender as reivindicações dos moradores está verificando uma possível especulação imobiliária. É que o residencial Santa Bárbara tem 380 unidades e de acordo com os mutuários apenas tem 205 apartamentos ocupados. " Vamos apurar os casos de especulação de imóveis. Saber as razões disso e se houver especulação ou desinteresse das famílias que adquiriram os apartamentos vamos adotar as medidas legais", afirmou
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