O problema da super lotação do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) parece não ter fim. Com capacidade de 300 leitos, o hospital tem uma demanda de quase 400 pessoas internadas, sendo que boa parte delas, ficam em macas improvisadas nos corredores da unidade. Mas a direção do hospital acredita que o funcionamento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), em fase de construção, poderá solucionar o problema.
A diretora do HGCA, a enfermeira Iraci Leite, diz que a superlotação ocorre, porque cidades da micro região não dispõe de pequenos hospitais para atender pacientes de baixa complexidade. “Recebemos muitas pessoas que não deveriam ser atendidas aqui no Clériston Andrade. O paciente fica insatisfeito e tem as suas razões, porque ele fica no corredor, por não ter vaga nas unidades de internamento”, afirmou.
Como os municípios não têm unidades de saúdes estruturadas para atender os pacientes em pequenos procedimentos (baixa complexidade), explica Iraci Leite, as pessoas acabam sendo encaminhadas para o Clériston Andrade e cada um desses atendimentos inviabiliza os procedimentos de alta complexidade.
Ela cita, por exemplo, um parto normal em que a gestante poderia ser atendida em qualquer outra unidade e não necessariamente no Clériston. “Temos procurado dar esse atendimento melhorando cada vez mais nossa porta de acesso, mas nos barramos com essa dificuldade que é uma questão de ordem operacional”, afirmou Iraci.
A diretora lembra que a equipe de profissionais de saúde da emergência e de suporte é completa, constituída por médicos clínicos, cirurgiões, ortopedistas, obstetras, técnicos de enfermagem e enfermeiros, entre outros.
Solução
Segundo Iraci Leite, o papel da UPA vai ser fazer uma avaliação de cada paciente e nos casos de atendimentos de pequena complexidade (dores de cabeça, cólica menstrual, gastrite, pequenos cortes, entre outros) a própria unidade se encarregará com sua equipe de profissionais em atender esses casos evitando que as pessoas sejam levadas para o pronto socorro.
Ampliação da equipe
Iraci leite disse também que a Secretaria de Saúde da Bahia está contratando novos profissionais. Eles estão sendo encaminhados para trabalhar no setor de emergência, por ser a porta de entrada do Hospital. “Estamos dando prioridade em aumentar esse número de servidores no Clériston Andrade”, afirmou.
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