A literatura de cordel teve grande espaço na feira. Poetas de Feira de Santana e de cidades da micro-região estão expondo seus livros de estórias ou de histórias.
Ney Silva
Aberta na noite desta terça-feira (14), na Praça João Barbosa de Carvalho (Praça do Fórum) , a 5ª Feira do Livro de Feira de Santana que vai até o próximo dia 19, deverá ter seus estandes visitados por cerca de 40 mil pessoas. É o que prevê a coordenadora do evento, professora Rita Breda da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), responsável pela organização da feira.
Ela informou que de 2007 quando ocorreu a 1ª Feira do Livro até agora o evento tem crescido bastante. Inicialmente a feira era só dois dias e este ano são seis." A feira está se consolidando e com a demanda da comunidade a gente vai aumentando a programação, o número de dias, de editoras, de livreiros e distribuidores que já são mais de 40", afirmou.
Além disso, explica a professora, a Secretaria de Educação da Bahia aumentou o valor do repasse do vale-livro. Ano passado foram R$ 100 mil e este ano passou para R$ 200 mil. Estudantes e professores da rede estadual podem pegar o vale no valor de R$ 20. " Estamos consolidando um projeto que começou pequeno e que hoje foi acolhido pela comunidade", disse.Outro aspecto destacado por Rita Breda é o interesse das pessoas em lançarem seus livros. no primeiro dia foram 30 lançamentos.
É o caso do ex-combatente da Marinha do Brasil,o escritor feirense Antonio Moreira Ferreira conhecido como Antonio do Lajedinho. O livro dele, lançado na abertura da feira conta a própria história e narra detalhes da 1ª guerra mundial de 1914 a 1918 e segundo o escritor desfaz uma informação de livros oficiais de que o Brasil não tomou parte na guerra." O Brasil fez parte da 1ª e 2ª guerras mundial com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica", afirmou.
A literatura de cordel teve grande espaço na feira. Poetas de Feira de Santana e de cidades da micro-região estão expondo seus livros de estórias ou de histórias. É que algumas são baseadas em fatos reais contadas de geração em geração como é o caso da Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho. O livro narra uma bonita peleja de viola entre os cegos com direito a platéia e tudo. É uma velha história vinda lá do estado do Ceará.
Jurivaldo Alves da Silva que é escritor de cordel se disse satisfeito com a oportunidade dada a essa literatura." Está tudo ótimo. Agradecemos a Uefs porque precisamos desse tipo de ventos para o engrandecimento do cordel", disse. A 5ª Feira do livro tem espaços também para shows e palestras e o acesso é gratuito a comunidade.
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