A estudante, Tamiris Santos, que tem diabetes melittus, tipo 1, procurou o Acorda Cidade para falar sobre a falta das fitas glicêmicas que são distribuídas gratuitamente pela rede de saúde do município.
A estudante explica que somente com a fita pode ser aferida a glicemia para que os resultados sejam anotados e levados ao médico, que ajusta a dose de insulina para os pacientes. De acordo com ela, o uso da fita tem que ser feito todos os dias.
“Ficamos nessa falta de informação para o nosso acompanhamento no tratamento. O paciente fica sem saber as oscilações glicêmicas dele. A diabetes do tipo 1 é altamente descompensada e não consegue ser controlada como a do tipo 2. Por isso o controle com as fitas é tão importante”, ressaltou.
As fitas glicêmicas são oferecidas de forma gratuita pelo CADH – Centro de Acompanhamento do Diabético e Hipertenso – e também nas Unidades Básicas de Saúde.
Tamiris Santos contou que já esteve, há duas semanas, no CADH e foi informada que não tinha mais as fitas e nem previsão de quando ia chegar, mas que o pedido já havia sido feito.
A estudante disse que as fitas são vendidas em farmácias, mas que os valores são altos para as condições econômicas de uma população diabética.
“O preço está entre 85 a 95 reais com 50 tiras glicêmicas que chega há em média 25 dias, não dar nem para fechar o ciclo de um mês”, afirmou Tamiris.
Daniele de Oliveira, diretora da rede própria de saúde da secretária municipal de Saúde, confirmou a falta das fitas glicêmicas. De acordo com ela, tem de 4 a 5 meses que o município não recebe o material.
“O município tem duas formas de fornecimento que é o estado e uma contra partida que é feita pelo próprio município. Já tem dois pedidos que foram feitos para o estado, mas que não foram entregues, porque a empresa que fornecia está com o contrato vencido e eles estão em fase de licitação”, explicou.
A diretora da rede própria de saúde disse ainda que o município já fez uma licitação para a compra das fitas, e que no prazo de 15 dias o material já deve estar chegando ao CADH.
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