Ney Silva e Daniela Cardoso
Os moradores do bairro São João do Cazumbá, que é uma comunidade quilombola, localizado na área do CIS (Centro Industrial do Subaé) estão enfrentando sérios problemas devido a poluição ambiental. As crianças de uma pré-escola da rede municipal de ensino são quem mais sofrem com o mau cheiro provocado por uma rede de esgoto estourada e pelo odor exalado por chaminés das indústrias.
O bairro, que geograficamente fica em uma depressão, não tem rede de esgotamento sanitário e a única rede que é para água pluvial também recebe dejetos das casas, incluindo as de um conjunto do antigo pranolar. A rede de esgoto estourou na rua do Cravo em frente a escola municipal Margarida Brito de Oliveira.
Em torno do esgoto a céu aberto é comum a presença de crianças brincando sem saber dos riscos que correm com a possibilidade de contrair doenças diversas.
A professora, Maria Nice Oliveira, informou que as crianças com idades que variam de três a cinco anos não suportam a intensidade do mau cheiro dentro das salas. Ela disse que a situação é complicada, porque além do mau cheiro provocado pela rede de esgoto estourada, a poluição do ar é intensa em decorrência da produção das fábricas.
“De manhã cedo o mau cheiro é muito forte, as crianças reclamam e estão até com problemas respiratórios, tendo que ser levadas a postos de saúde. Muitas delas ficam sem estudar, porque estão doentes em casa”, afirmou Maria Nice.
A dona de casa Marina Rodrigues da Silva é uma das mais prejudicadas com a rede de esgoto estourada que fica na porta da casa dela. “Essa situação é muito ruim, porque o mau cheiro é forte, principalmente durante a tarde com o sol quente”, reclama a moradora.
A presidente do Conselho Municipal da Igualdade Racial e dos Direitos Indígenas, Lurdes Santana, confirmou ao Acorda Cidade que o bairro São João do Cazumbá é realmente uma comunidade quilombola.
Ela conta que aquele bairro está esquecido pelas autoridades, mas que já foram encaminhados relatórios ao governo Federal e a secretaria estadual da Igualdade Racial. “De todas as comunidades quilombolas de Feira de Santana, o São João do Cazumbá é o mais carente”, afirma Lurdes.
Ela informou que os problemas não envolvem apenas o meio ambiente, mas também, a questão educacional, porque a escola precisa melhorar sua estrutura e faltam ações relacionadas ao esporte e ao lazer para afastar as crianças e adolescentes das drogas.
Lurdes Santana lembra que o bairro São João do Cazumbá é uma das comunidades mais antigas de Feira de Santana, onde historicamente Lucas da Feira convivia com a comunidade. Ela lamentou que existem muitos entraves sociais no Brasil e que os recursos destinados a essas comunidades demoram de chegar.
Segundo ela, o secretário de Desenvolvimento Social, Ronaldo Barbagelata, está tendo boa vontade para resolver algumas situações das pessoas que vivem naquele bairro e já programou uma visita a partir da próxima segunda-feira.
Ela informou que os problemas não envolvem apenas o meio ambiente, mas também, a questão educacional, porque a escola precisa melhorar sua estrutura e faltam ações relacionadas ao esporte e ao lazer para afastar as crianças e adolescentes das drogas.
Lurdes Santana lembra que o bairro São João do Cazumbá é uma das comunidades mais antigas de Feira de Santana, onde historicamente Lucas da Feira convivia com a comunidade. Ela lamentou que existem muitos entraves sociais no Brasil e que os recursos destinados a essas comunidades demoram de chegar.
Segundo ela, o secretário de Desenvolvimento Social, Ronaldo Barbagelata, está tendo boa vontade para resolver algumas situações das pessoas que vivem naquele bairro e já programou uma visita a partir da próxima segunda-feira.
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