Daniela Cardoso
A desinformação e a falta de qualificação profissional estão dificultando o acesso de trabalhadores ao emprego em Feira de Santana. A constatação é de uma empresa de consultoria e encaminhamento de pessoas ao mercado de trabalho. De cada 100 pessoas que buscam emprego em Feira de Santana, apenas 10 se mostram aptas para desenvolver atividades. O analista de negócios Flavio Burgos, que também é professor de Administração e de Recursos Humanos, diz que existem empregos, mas faltam pessoas preparadas.
“Essa é uma realidade em Feira de Santana. os empregos existem, mas faltam pessoas capacitadas para exercerem essas atividades. É comum termos vagas e ficarmos semanas procurando um candidato. Muitos profissionais estão deixando de se atualizar e isso interfere no rendimento”, afirmou.
Segundo o especialista, algumas pessoas passam até 15 anos sem atualizar o currículo. Ele lembra a importância das pessoas buscarem informações através da leitura de jornais, além de fazer cursos na área em que pretendem atuar. “As pessoas querem trabalhar, mas estão esquecendo a qualificação”.
Flavio Burgos, contou que nas seleções para emprego, muitas pessoas já erram na entrada vestindo roupas inadequadas, por exemplo. Outro erro grave citado pelo professor, é com relação a escrita. “Português e matemática são base para qualquer tipo de teste nas indústrias e muitas pessoas não conseguem escrever uma dissertação falando porque querem trabalhar”.
No administrativo, de acordo com Flavio, apenas 10% dos candidatos estão aptos a entrarem no mercado de trabalho. Segundo ele, isso ocorre por falta de instrução, até mesmo no momento da elaboração do currículo. “As pessoas não estão sabendo elaborar um bom currículo e mesmo com as oportunidades, pois muitas indústrias têm chegado a região de Feira de Santana, as pessoas não tem aproveitado”, disse.
Segundo Flavio Burgos, as empresas têm encontrado dificuldade em conseguir mão de obra eficiente. Ele afirmou que três grandes indústrias estão chegando à região de Feira de Santana, com aproximadamente 2 mil vagas de trabalho e que as exigências estão cada vez maiores. “A maioria das empresas hoje exige inglês intermediário ou fluente”.
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