Os sapateiros instalados na praça do Senadinho, próximo a prefeitura de Feira de Santana, dizem que não aceitam sair da local onde será construído o memorial em homenagem ao ex-prefeito e ex-deputado federal Francisco Pinto.
Segundo eles, a transferência para a rua Leonardo Borges (transversal entre a J.J Seabra e Senhor do Passos), vai causar prejuízos a todos, por ser um local de difícil visualização do público.
O projeto do memorial já foi concluído pelo arquiteto Everaldo Cerqueira, diretor da secretaria de Planejamento, e deverá ser construído na área onde hoje estão localizados os cerca de 100 sapateiros.
O sapateiro, João Santos Aleluia, mais conhecido como João Branco, confirma que em diversas reuniões com representantes da prefeitura já teria explicado que ele e os demais não aceitam deixar a praça. Na opinião de João, é possível reformar os boxes onde estão instalados e na mesma área, incluindo o estacionamento em frente a prefeitura, erguer o monumento.
Há 25 anos trabalhando como sapateiro, Edvaldo Souza, diz que a homenagem ao ex-parlamentar é justa, mas é preciso “olhar o lado daqueles que estão vivos”. Ele também concorda com o colega de que no local há espaço suficiente para fazer o monumento, mas ainda acrescentaria a reformulação da praça e homenagem a sapateiros que já faleceram.
O sapateiro Fábio Teles, que trabalha há 15 anos no local, diz que a categoria será prejudicada. Segundo ele, a rua Leonardo Borges não terá movimento comercial, com exceção dos primeiros boxes que serão localizados nas extremidades das ruas. Ele acha que os boxes que ficarem situados no centro da rua não farão bons negócios.
De acordo com o diretor de planejamento, Everaldo Cerqueira não será possível manter os sapateiros no local. Ele confirmou que os trabalhadores serão transferidos assim que a obra for iniciada.
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