Ney Silva
A catástrofe ocorrida no Japão por causa do movimento de placas tectônicas dificilmente ocorreria no Brasil porque no país estas placas tem movimentos divergentes e se deslocam em direções contrarias. A observação foi feita pela doutora em climatologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, Rosangela Leal. Ela informou também que a cada ano, estas placas se afastam 1 cm aproximadamente, o que diminui ainda mais o risco de choque entre elas.
Com relação ao terremoto seguido de tsunami, ocorrido na última sexta-feira no Japão, a doutora esclarece que na costa do oceano Pacifico existe sobreposição da placa Sul Americana com a placa de Nasca que está mergulhando no magma.
Rosangela Leal disse ainda que por causa dessa situação, as placas podem ficar presas uma na outra e quando se soltam originam movimentos bruscos, causando terremoto. Por isso explica a doutora, que em países que estão na costa do Pacifico como Chile, Equador e Bolívia há maior probabilidade de ocorrer terremotos, porque também existem vulcões que também estão associados aos movimentos das placas tectônicas.
A incidência de terremotos no Japão é justificada porque o país está próximo da borda da placa tectônica. Analisando a força deste último terremoto com mais de 8 graus na escala Richter, Rosangela Leal enfatizou que os prejuízos foram grandes porque a economia japonesa é concentrada no litoral com a grande utilização de portos.
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