Médicos de policlínicas restringem atendimento a população de Feira de Santana

Daniela Cardoso e Ney Silva 

Em decorrência do atraso no pagamento do salário do mês de novembro, os médicos que trabalham nas policlínicas de Feira de Santana restringiram o atendimento a comunidade desde ontem (18). Apenas os casos de emergência, a exemplo de pessoas baleadas, esfaqueadas, problemas cardiológicos graves e acidentes de veículos, estão sendo priorizados em detrimento as urgências, como febre baixa, gripe, dores de barriga, garganta e cabeça, entre outras. 

Em duas das policlínicas visitadas pela reportagem do Acorda Cidade o movimento desde ontem está bastante reduzido. Algumas pessoas chegaram em busca de atendimento de urgência e retornam para suas casas sem serem atendidas. 

A enfermeira, Geruza Araujo, chefe de enfermagem da policlínica do conjunto Feira X, confirmou que os casos de urgência estão suspensos. Ela citou o caso de uma criança que tinha acabado de chegar com uma crise convulsiva e como era um caso de emergência, o atendimento foi prestado de imediato. 

A enfermeira informou que os casos mais simples estão sendo encaminhados para as UBS (Unidades Básicas de Saúde) ou para o Hospital da Criança. Geruza Araujo disse que o atraso no pagamento atinge todos os profissionais de saúde, mas apenas os médicos resolveram restringir os atendimentos e que os demais servidores estão trabalhando normalmente. 

O secretário municipal da Saúde, Raimundo Barreiros, confirmou que a cooperativa Coopersaúde atrasou o pagamento, mas não soube explicar a razão. Segundo ele, desde ontem a ordem de pagamento foi autorizada e que as coordenadoras de policlínicas já foram informadas da situação. O secretário acredita que nas próximas horas os atendimentos dos casos de urgência vão ser normalizados.