quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Governo do Estado pretende fazer investimento na Fanfs

Daniela Cardoso e Ney Silva 

O secretário estadual de Relações Institucionais, César Lisboa, adiou a visita que faria na manhã desta quarta-feira (26) a Fanfs (Fundação de Apoio ao Cidadão de Mobilização Social de Feira de Santana). O convite para a visita do secretário foi feito pelo líder do governo, o deputado estadual Zé Neto (PT), que esteve na sede da entidade, acompanhado de assessores. Segundo ele, César Lisboa foi acometido por uma virose no final da tarde de ontem e adiou a visita para janeiro, em data a ser definida. 
A visita do secretário tinha objetivo de verificar a real situação da Fanfs, que está com suas atividades prejudicadas por falta de recursos. Segundo José Neto, o Governo do Estado está interessado em ajudar a entidade para que ela possa voltar a atender a comunidade. “A Fanfs precisa de um apoio imediato. Aqui existe um problema grave com relação aos programas federais”, afirmou o deputado.

Ele reconhece que o presidente da entidade, Antônio Lopes, tinha um grande empreendimento do ponto de vista social e que houve solução de continuidade em alguns programas do Governo Federal impedindo o repasse de recursos, incluindo os do Estado.

Na opinião de José Neto é preciso buscar alternativas porque o empreendimento é grande e já atendeu três mil crianças e precisa do apoio dos governos Estadual e Federal. Ele acredita que o retorno das atividades na Fanfs vai evitar que crianças e adolescentes possam ser vítimas de violência, ou se envolverem com drogas. 
O presidente da entidade, Antônio Lopes, informou que a entidade já atendeu 300 mil crianças, em 134 cidades da Bahia, desde que foi fundada, em 1990. Ele lembra também que a Fanfs produziu mais de três milhões, cento e trinta mil itens de material esportivo distribuído para 105 países. Além disso, explica Lopes, a Fanfs já representou o Brasil 15 vezes em várias oportunidades, sendo recebido pelo Papa e pelo presidente da Alemanha.

Dificuldades

O assessor jurídico da Fanfs, Dilson Barbosa, informou que a maior dificuldade da entidade é resolver débitos trabalhistas que chegam a quase 1 milhão de reais. Sem esses recursos, explica Barbosa, para honrar os compromissos será difícil firmar convênio, seja com o governo do estado ou com o governo federal. Ele acredita que se a direção da Fafs tivesse pelo menos 700 mil reais, poderia negociar esse débito e resolver a situação.

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