segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Incêndio mata duas crianças carbonizadas em Feira de Santana


O delegado não sabe ainda se o incêndio foi criminoso ou não, mas está abrindo inquérito para apurar o fato.

Ney Silva e Ilani Silva

Duas crianças morreram carbonizadas por volta das 10h desta segunda-feira (27), no bairro Eucaliptos, em Feira de Santana. Cristiano Crispim Cruz Silva de 6 anos e o irmão Cleidson Gustavo Cruz Silva de 2 anos estavam na cozinha da casa onde moravam na rua São João, quando o fato aconteceu.

A dona de casa Gorete Araujo da Cruz, vizinha das vítimas disse que estava distante do local quando ouviu moradores gritando por causa do incêndio. Ela informou também que uma das paredes de sua casa foi atingida pelas chamas e terá que ser demolida. “No momento do incêndio, só havia as duas crianças, filhos de minha prima que saiu de casa e as deixou sozinhas”, contou.

O motorista Carlos Nascimento, que mora próximo ao local tentou salvar as vítimas. Ele disse que ao se aproximar da casa notou que as chamas estavam acima do teto não sendo possível socorrê-las. Um colega dele tentou entrar pela janela, mas acabou tendo um dos braços feridos.

O corpo de bombeiros foi chamado ao local e compareceu com duas viaturas e 20 homens. O tenente José Menezes que comandou a operação disse que tudo indica que as crianças estavam deitadas na cama quando foram atingidas pelas chamas. Mas acrescenta, que só a equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) é que vai, após perícia, identificar a causa do incêndio.


O delegado Carlos Lins que está de plantão no complexo Investigador Bandeira foi ao local do incêndio para fazer o levantamento cadavérico. “Chegamos ao local e o fogo já tinha sido controlado. Apuramos através de informações de vizinhos que as crianças estavam sozinhas e que os pais saíram cedo para trabalhar”, afirmou.

Ele tem opinião diferente do tenente José Menezes do Corpo de Bombeiros sobre o local onde as crianças estavam. O delegado acha que elas estavam na cozinha, próximas ao fogão e não sobre a cama como afirmou o tenente. “Ainda não é possível saber se elas foram acender o fogão ou se estavam brincando com algum objeto inflamável que acabou provocando o incêndio”, afirmou Carlos Lins.

O delegado suspeita que as crianças inicialmente perderam os sentidos, foram sufocadas pela fumaça sendo depois carbonizadas. Ele não sabe ainda se o incêndio foi criminoso ou não, mas está abrindo inquérito para apurar o fato. Diante do que observou, acredita que não foi criminoso.

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